Na Assembleia Geral, aproximadamente 620 alunos decidiram paralisar as atividades em 15/05
Cintia dos Anjos (cintiajor20@gmail.com)
Na noite da última terça-feira, dia 14, a categoria discente da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) votou a favor da adesão à greve estudantil, tendo apenas uma abstenção em contraste com todos os demais votos favoráveis. A Assembleia, organizada pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE), aconteceu no hall do Centro Socioeconômico (CSE), região central da UFSC.
As principais reivindicações são a recomposição orçamentária das instituições federais de ensino, pauta comum entre discentes, docentes e STAEs. Os alunos argumentam que a redução anual do repasse de verba para as universidades federais impossibilita a manutenção íntegra das estruturas físicas de salas de aula, laboratórios, bibliotecas e demais espaços dos campi –necessários para a prática do ensino, pesquisa e extensão.
Outra pauta defendida amplamente pelos presentes trata do reajuste e pagamento integral das bolsas de permanência, monitoria e extensão. Em fevereiro de 2023, o Governo Federal anunciou diversos ajustes em bolsas de graduação, pós-graduação e permanência, entretanto, a implementação total ainda não aconteceu. No caso da UFSC, os valores anteriores ao reajuste ainda são repassados aos bolsistas atuais, com déficit que varia de 25% a 200%.
Representantes dos Servidores Técnicos-Administrativos em Educação (STAEs) e docentes também estiveram presentes e emitiram comunicados sobre as respectivas categorias, que já estão em greve desde 11 de março e 7 de maio, respectivamente.
Não há, no momento, previsão de nova Assembleia Geral Estudantil. Nesta semana, representantes dos cursos de graduação se reúnem com o DCE para a formação da Comissão de Greve da UFSC, destinada a planejar e integrar as atividades e ações da greve da categoria.